Blue Zones e o que (realmente) importa na saúde
- Stephanie Nonnenmacher
- 7 de abr.
- 3 min de leitura

Nesse final de semana eu refiz minha avaliação física. Vi uma redução de peso e de circunferências... e confesso: meu primeiro impulso foi me preocupar. Será que estou perdendo massa muscular? Afinal, nos últimos meses reduzi significativamente as cargas no treino. Teria chegado o fim dos meus músculos? 😂
Mas olhando com calma, percebi que a maior parte da redução foi de gordura corporal. Sim, teve uma leve queda na massa magra, mas nada alarmante — e honestamente, faz sentido com as mudanças no treino.
Foi aí que me peguei pensando: por que isso me incomodou? Será que o meu objetivo sempre foi "crescer", ganhar volume, hipertrofiar? Será que todo mundo deveria estar buscando isso o tempo todo? Seremos todos idosos musculosos e trincados? É isso que define saúde na velhice?
Essas perguntas me levaram de volta às minhas verdadeiras motivações:
✨ Eu quero saúde.
✨ Eu quero prevenir doenças cardiovasculares.
✨ Eu quero envelhecer bem e manter minha autonomia.
E então, como um lembrete amigo, me veio à cabeça o conceito das Blue Zones — aquelas regiões do mundo onde as pessoas vivem mais e melhor. Pessoas que chegam aos 90, 100 anos com energia, clareza e qualidade de vida. E sabe o mais interessante? Nenhuma delas está preocupada com circunferência de quadril.
As Blue Zones são cinco regiões do planeta com altíssimas taxas de longevidade saudável:
Okinawa (Japão)
Sardenha (Itália)
Ikaria (Grécia)
Península de Nicoya (Costa Rica)
Loma Linda (Califórnia, EUA)
O que essas pessoas têm em comum?
🥦 Alimentação majoritariamente vegetal: rica em legumes, verduras, grãos e leguminosas. Carnes são raras e usadas como acompanhamento, não como prato principal.
🚶 Movimento constante, natural: não é sobre academia ou crossfit. É caminhar, cuidar da horta, subir escadas, varrer a casa.
🧘♀️ Redução de estresse: com pausas no dia, rituais de relaxamento, orações, siestas.
🎯 Propósito claro de vida: saber por que acordam todos os dias.
🍽️ Comer com moderação: como o “Hara Hachi Bu” em Okinawa — parar de comer quando estiver 80% cheio.
👨👩👧 Laços fortes com família e comunidade: gente que se apoia, que compartilha refeições e histórias.
🙏 Espiritualidade ou pertencimento: à sua maneira, cada cultura tem seu vínculo com algo maior.
🤝 Círculos sociais saudáveis: convivem com pessoas que também valorizam hábitos positivos.
Percebe a diferença? Não é sobre performance. É sobre presença. Não é sobre fazer mais, é sobre fazer com sentido .Não é sobre o corpo, é sobre a vida.
E aí me caiu a ficha: aqui nas redes, parece que tá todo mundo numa eterna progressão. Pegando mais peso, virando atleta, melhorando o pace, encaixando três esportes no dia, tomando cinco suplementos diferentes. Mas será que tudo isso é realmente saúde? Ou é sobre parecer saudável? É sobre fazer parte de um grupo que performa — na academia, na planilha de treinos e nas redes sociais?
A gente vai entrando no embalo sem perceber. Começa a metrificar tudo: quantos minutos, quantas calorias, qual ritmo, quantos macros… Mas será que ainda faz sentido?
Na verdade, ter saúde pode ser mais simples do que parece. É sobre leveza. É sobre aceitar que nem todo dia é igual. É sobre fazer o melhor possível com o que se tem. É sobre reconhecer os próprios limites e, ainda assim, seguir.
E como boa pisciana com ascendente em áries que sou, deixo aqui minha provocação:
Será que você tá buscando saúde... ou só quer parecer saudável?
Se quiser conversar mais sobre isso, eu tô aqui — com afeto, ciência e acolhimento. 💛
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