Por que você pode estar inchada? Conheça os fatores que podem estar contribuindo.

O inchaço, também conhecido como edema, é um sintoma comum em muitas mulheres. Ele pode ser causado por diversos fatores, como mudanças hormonais, alimentação inadequada, sedentarismo, excesso de sal na dieta, entre outros. Neste artigo, vamos abordar os aspectos nutricionais, ambientais e hormonais que podem causar inchaço nas mulheres.

Aspectos Nutricionais

Uma dieta rica em sódio pode causar inchaço, uma vez que o excesso de sódio no organismo faz com que o corpo retenha líquidos. Por isso, é importante reduzir o consumo de alimentos ricos em sal, como salgadinhos, molhos prontos, embutidos, entre outros. Além disso, é importante aumentar o consumo de água e de alimentos ricos em potássio, como bananas, abacates, tomates e folhas verdes.

Outro fator nutricional que pode contribuir para o inchaço é o consumo excessivo de açúcar e alimentos processados. Esses alimentos podem levar ao aumento de peso e ao acúmulo de gordura, o que pode piorar o inchaço.

A sensibilidade ao glúten é uma condição na qual o consumo de glúten (proteína presente em alguns grãos como trigo, cevada e centeio) pode causar sintomas como inchaço, gases e diarreia, mesmo na ausência de doença celíaca (uma condição autoimune que faz com que o organismo ataque o próprio intestino). A sensibilidade ao glúten é uma condição ainda pouco compreendida, mas sabe-se que ela pode causar uma resposta inflamatória no intestino e contribuir para a permeabilidade intestinal, o que pode levar ao inchaço e outros sintomas gastrointestinais.

Os FODMAPs (Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides and Polyols) são um grupo de carboidratos de cadeia curta que são fermentados pelas bactérias do intestino e podem causar inchaço, gases, dor abdominal e diarreia em pessoas com síndrome do intestino irritável (SII). Os alimentos ricos em FODMAPs incluem alguns tipos de frutas (como maçã, pera, manga e melancia), verduras (como cebola, alho, couve-flor e cogumelos), legumes (como feijão, lentilha e grão-de-bico) e grãos (como trigo e centeio).

Aspectos Ambientais

O ambiente em que vivemos também pode contribuir para o inchaço. O excesso de calor pode causar retenção de líquidos, por isso é importante manter-se hidratada e evitar a exposição prolongada ao sol.

Além disso, a poluição do ar pode aumentar a produção de radicais livres, o que pode levar ao acúmulo de líquidos e ao inchaço. Por isso, é importante evitar exposição excessiva à poluição e buscar alternativas para reduzir o impacto ambiental.

Aspectos Hormonais

As mudanças hormonais também podem contribuir para o inchaço em mulheres. Durante o ciclo menstrual, os níveis de estrogênio e progesterona podem causar retenção de líquidos e inchaço, especialmente na região abdominal e nos seios.

Além disso, a menopausa também pode causar inchaço devido às mudanças hormonais que ocorrem no corpo. Por isso, é importante buscar alternativas para aliviar os sintomas, como a prática de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada.

O inchaço pode ser causado por diversos fatores, mas é possível reduzir os sintomas por meio de hábitos saudáveis e mudanças na alimentação e no estilo de vida. Aumentar o consumo de água, reduzir o consumo de sódio e açúcar, praticar exercícios físicos regularmente e buscar alternativas para reduzir o impacto ambiental são algumas das medidas que podem ajudar a combater o inchaço e promover a saúde e o bem-estar. Se os sintomas persistirem, é importante buscar orientação médica para avaliação e diagnóstico adequados.

FONTES:

1. International Society of Sports Nutrition position stand: Nutrient timing. J Int Soc Sports Nutr. 2017;14:33.

2. Rehrer NJ. Fluid and electrolyte balance in ultra-endurance sport. Sports Med. 2001;31(10):701-715.

3. American College of Sports Medicine. ACSM's Guidelines for Exercise Testing and Prescription, 10th ed. Lippincott Williams & Wilkins, 2018.

4. National Academy of Sciences, Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes for Water, Potassium, Sodium, Chloride, and Sulfate. National Academies Press, 2005.

5. Pizzorno L, Murray MT. Textbook of Natural Medicine, 4th ed. Churchill Livingstone Elsevier, 2013.

6. Monro JA, Shaw M. Glycemic impact, glycemic glucose equivalents, glycemic index, and glycemic load: definitions, distinctions, and implications. Am J Clin Nutr. 2008;87(1):237S-243S.

7. Gibson PR, Shepherd SJ. Evidence-based dietary management of functional gastrointestinal symptoms: The FODMAP approach. J Gastroenterol Hepatol. 2010;25(2):252-258.

8. Biesiekierski JR, Peters SL, Newnham ED, et al. No effects of gluten in patients with self-reported non-celiac gluten sensitivity after dietary reduction of fermentable, poorly absorbed, short-chain carbohydrates. Gastroenterology. 2013;145(2):320-328.